30 agosto, 2006

Diogo Mainardi


Ao dar uma vista de olhos pelos blogs passei pelo Amor e Ócio e deparei-me com este post sobre Diogo Mainardi que inclui duas das suas brilhantes crónicas publicadas na Veja. Não tenho muito mais a acrescentar a não ser que, Diogo é o campeão do hate mail da Veja, escreve frases curtas e cortantes e, por norma, pega num pequeno acontecimento para, a partir dele, tirar conclusões mais alargadas. Foi por causa dele que assinei a Veja.
Para o conhecer um pouco melhor consultem este
blog e/ou leiam esta entrevista.

Kid Abelha

Aqui há dias, queixei-me que os Kid Abelha não passavam na rádio portuguesa. Pois bem, hoje às 8.45 h na TSF, passou a canção "Estou Tentando". Fiquei contente. Deixo aqui a letra.

Eu tou tentando largar o cigarro
Eu tou tentando remar meu barco
Eu tou tentando armar um barraco
Eu tou tentando não cair no buraco
Eu tou tentando tirar o atraso
Eu tou tentando te dar um abraço
Eu tou penando pra driblar o fracasso
Eu tou brigando pra enfrentar o cagaço
Eu tou tentando ser brasileiro
Eu tou tentando saber o q é isso
Eu tou tentando ficar com deus
Eu tou tentando q ele fique comigo
Eu tou fincando meus pés no chão
Eu tou tentando ganhar um milhão
Tou tentando ter mais culhão
Eu tou treinando pra ser campeão
Eu tou tentando ser feliz
Eu tou tentando te fazer feliz
Eu tou tentando entrar em forma
Eu tou tentando enganar a morte
Eu tou tentando ser atuante
Eu tou tentando ser boa amante
Eu tou tentando criar meu filho
Eu tou tentando fazer meu filme
Eu tou chutando pra marcar um gol
Eu tou vivendo de roquenrol

Letra de Paula Toller e música de George Israel.

22 agosto, 2006

Mais Corbijn II



Tom Waits fotografado por Anton Corbijn.

O bold e o riso são meus.

«Levantou o rosto na direcção da Arrábida, ao longe. Na direcção da madrugada. Gostaria de saber o que publicaria a imprensa na manhã seguinte mas não poderia fazer outra coisa senão esperar: mesmo que quisesse telefonar para o Jornal de Notícias, àquela hora ninguém o atenderia. As redacções dos jornais ainda estavam vazias. Se caísse uma bomba sobre a Torre dos Clérigos, não haveria ninguém para receber a boa notícia. E ele imaginava Siza Vieira feliz, vendo tudo arrasado, disponível para ser atapetado a granito negro

Excerto retirado do conto «A Poeira que cai sobre a Terra» de Francisco José Viegas.

21 agosto, 2006

Mais Corbijn

David Bowie fotografado por Anton Corbijn para uma campanha da Mercedes

Brevemente





















Foto de Anton Cobijn

20 agosto, 2006

O Melhor!


O melhor blog que conheço relacionado com música é o hit da breakz . Pelo template, pelo conteúdo, pelas fantásticas imagens, entrevistas, pelos links e por já terem escrito sobre o Roberto Carlos. Parabéns.

19 agosto, 2006

Música para a dor de corno. 8.


Fly me to the moon de Bart Howard - Paula Toller

Fly me to the moon
And let me play among the stars
Let me see what spring is like
On Jupiter and Mars
In other words hold my hand
In other words darling kiss me
Fill my life with song

And let me sing forevermore
You are all I hope for
All I worship and adore
In other words please be true
In other words
I love you

O nome deste blog deve-se ao facto de começar a ouvir este género de canções. Os standards.
Sobre este em particular diz-se por aí que a versão de Tony Bennett é a difinitiva. Eu já o ouvi a cantá-la no Europarque, em Santa Maria da Feira, com o sistema de som desligado. Foi arrepiante. No entanto, a minha versão preferida é, pasme-se, a de Frank Sinatra. Cheia de swing, sexy, redonda, maravilhosa.
Sobre a versão em causa, o mínimo que se pode dizer é que é surpreendente. Paula Toller é a belíssima vocalista dos Kid Abelha (a foto não lhe faz justiça), banda pop que faz música simples e despretensiosa mas com qualidade suficiente para estar na ribalta desde meados dos anos 80. Típicos hitmakers, surpreende-me um pouco a sua quase invisibilidade em Portugal já que, canções como "Nada Sei", "Como eu quero" e "Lágrimas e chuva" teriam facilmente air time na nossa (medíocre) rádio.
Em 1998, Paula Toller lançou um album a solo onde incluíu uma versão deste clássico e devo confessar que estou completamente agarrado. O arranjo é sublime: lânguido, cheio de cordas e piano, lento sem ser pastoso. E Paula, que não é uma cantora de excepção, dá-lhe o toque final emprestando-lhe suavidade e sensualidade com o seu típico canto preguiçoso.
Quem me deu a conhecer esta versão foi a Patrícia a quem agradeço e dedico este post.

Ouve-se aqui


De Paredes para o mundo

Vale a pena visitar este blog. Muita e boa música, boas fotos e opiniões incisivas sobre o ensino por parte de quem o vive por dentro todos os dias.

17 agosto, 2006

Trintões

Cosmopolitismo, umbiguismo, pretensiosismo, humor, algumas futilidades, "alta-fidelidade", textos inteligentes. Enfim, um blog como deve ser!

16 agosto, 2006

Música para a dor de corno. 7.


Is it a crime? de Sade Adu, Andrew Hale e Stuart Matthewman - Sade

This may come
this may come as some surprise
but I miss you.
I could see through all of your lies
but still I miss you.
He takes her love but it doesn't feel like mine
He tastes her kiss her kisses are not wine they're not mine.
He takes but surely she can't give what
I'm feeling now.
She takes but surely she doesn't know how.
Is it a crime?
Is it a crime that I still want you?
And I want you to want me too.
My love is wider wider than Victoria Lake.
My love is taller taller than the Empire State.
It dives and it jumps and it ripples like the deepest ocean.
I can't give you more than that surely you want me back.
Is it a crime?
Is it a crime that I still want you?
And I want you to want me too.
My love is wider than Victoria Lake taller than the Empire State.
It dives and it jumps I can't give you more than that surely you want me back.
Is it a crime?
Is it a crime that I still want you?
and I want you to want me too.
It dives it jumps and it ripples like the deepest ocean.
I can't give you more than that surely you want it back.
Tell me is it a crime?

Como é possivel? Sade é uma talentosíssima diva que escreve sempre sobre desgostos amorosos, infelicidade, traição, amor não correspondido... Como é possivel?
Aqui, na canção que abre o album"Promisse" de 1985, chega a ser provocatório para mim que Sade cante os seus lamentos sofisticadamente numa balada com ritmo de banda sonora para striptease. Como é possivel?

Ouve-se aqui

Sem explicações

Após 8 meses de interregno, o traidor voltou.